Uso de substâncias como fuga psíquica

REFLEXÕES/AUTOCONHECIMENTOSAÚDE MENTALTERAPIA

Erick Guimarães

6/26/20232 min read

Cuidado com saúde mental policiais
Cuidado com saúde mental policiais

No labirinto da fuga psíquica, pessoas buscam refúgio em substâncias químicas para evitar angústias e dor psíquica. Essa busca cria um ciclo vicioso de isolamento, onde a mente se desconecta da realidade. Porém, essa fuga traz consequências negativas e a dor persiste. A terapia oferece a oportunidade de explorar as raízes dessas angústias, promovendo a compreensão, elaboração e transformação das dores internas. Enfrentar as angústias exige coragem, mas é um caminho necessário para a cura e construção de uma vida mais autêntica.

Siga o raciocínio...

Por Erick Guimarães

Perito Criminal, Especialista em Políticas e Gestão da Segurança Pública, Criminologia e, Engenharia Ambiental. Professor  há mais de 20 anos, Físico (bacharelado e licenciatura) pela UnB, psicanalista em formação.

No profundo labirinto da fuga psíquica, encontramos aqueles que buscam refúgio em substâncias lícitas ou não, como álcool, cigarro etc. Essa busca incessante por escapar de uma realidade dolorosa revela, em parte, uma dinâmica complexa envolvendo o uso do mecanismo conhecido como isolacionismo extremo, onde a mente se refugia em estados de consciência alternativos para evitar angústias e dores psíquicas.

Nesse labirinto obscuro, o uso de drogas torna-se uma forma de alterar a percepção da realidade, proporcionando um alívio temporário das aflições internas. O indivíduo se isola em um estado de consciência que o desconecta dos sentimentos e pensamentos que lhe causam sofrimento. A fuga, embora momentânea, se apresenta como uma tentativa de buscar alívio, de encontrar um respiro em meio à tormenta.

No entanto, acarreta consequências profundas. Ao evitar enfrentar as angústias e dores psíquicas, perpetua-se um ciclo vicioso de fuga e dependência. Fugir para outro estado de consciência torna-se uma armadilha, pois as angústias e dores persistem e se intensificam no longo prazo. O alívio, então, se transforma em prisão, onde a dor psíquica se amplia, alimentando o ciclo de busca por alívio paliativo.

A terapia nos convida a explorar as raízes profundas dessas angústias e dores que levam a esse comportamento. Por meio do processo terapêutico, o indivíduo é encorajado a trazer à luz as experiências passadas/presentes, os conflitos não resolvidos, e os mecanismos de defesa que o mantêm aprisionado nesse labirinto. Através desse mergulho no autoconhecimento, é possível romper com o ciclo da fuga psíquica, permitindo a compreensão, a elaboração e a transformação das dores internas.

Enfrentar as angústias e a dor psíquica demanda coragem e disposição para adentrar os labirintos da própria mente. É um caminho desafiador, mas essencial para a construção de uma vida mais autêntica e plena. Ao invés de buscar fugas efêmeras, a busca pelo autoconhecimento e pelo enfrentamento das dores internas abre espaço para a cura, a transformação e a construção de uma vida mais saudável e significativa. Abaixo segue sugestão de acesso para mais informações relacionadas.

Sugestão 1

"O maior labirinto é o da fuga: nas dobras do álcool, nos vícios do cigarro e nas sombras das substâncias lícitas/ilícitas, encontram-se refúgios temporários para escapar de uma realidade que, por vezes, parece insuportável. São caminhos tortuosos que levam a uma fuga psíquica, um labirinto onde a dor se disfarça e a alma busca desesperadamente por alívio." Erick Guimarães

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"Quem cuida, merece cuidados"

Todos merecemos ficar bem, mas, muitas vezes, a ignorância nos afasta do processo

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