Transtornos de ansiedade e depressivos entram na lista de Doenças Laborais do Ministério da Saúde
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No recente anúncio do Ministério da Saúde sobre a atualização da Lista de Doenças Relacionadas ao Trabalho (LDRT), um novo capítulo de cuidado e reconhecimento da saúde mental no ambiente profissional emerge com otimismo. Com a inclusão de condições como burnout, transtornos depressivos e ansiedade, tentativa de suicídio, e abuso de drogas, a sociedade está testemunhando uma reviravolta significativa na abordagem à saúde do trabalhador. O texto destaca não apenas a segurança adicional proporcionada aos trabalhadores, mas também a responsabilidade corporativa reforçada, chamando as empresas/instituições a criar políticas de atenção à saúde mental. Leia mais !
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Por Erick Guimarães
Perito Criminal, Especialista em Políticas e Gestão da Segurança Pública, Criminologia e, Engenharia Ambiental. Professor há mais de 20 anos, Físico (bacharelado e licenciatura) pela UnB, psicanalista em formação.
Transtornos de ansiedade e depressivos entram na lista de Doenças Laborais do Ministério da Saúde (atenção Policial !)
Em uma era em que a preocupação com o bem-estar dos trabalhadores se torna cada vez mais evidente, o Ministério da Saúde protagoniza uma atualização de peso, incorporando uma abordagem abrangente ao reconhecer o impacto das condições laborais na saúde mental. Recentemente, duas notícias surgiram como esperança, apontando para um futuro em que a sociedade se volta com maior atenção e compreensão para o adoecimento mental relacionado ao trabalho.
O anúncio mais recente do Ministério da Saúde trouxe uma renovação há muito esperada na Lista de Doenças Relacionadas ao Trabalho (LDRT). Após 24 anos sem atualizações, a lista agora inclui 165 novas patologias, com destaque para condições como burnout, transtornos depressivos e transtornos de ansiedade, tentativas de suicídio, uso de drogas, etc. Este movimento reconhece categoricamente de que a saúde mental é uma parte intrínseca da saúde do trabalhador.
Os ajustes na lista não são apenas uma mudança de nomenclatura; são um chamado à ação. A neuropsicóloga Tatyana Azevedo enfatiza que a inclusão destas condições não apenas dá mais segurança aos trabalhadores, mas também estabelece uma responsabilidade corporativa/institucional. As empresas/orgãos são agora chamadas não apenas a reconhecer, mas a criar políticas de atenção à saúde mental dos colaboradores, um marco que pode alterar profundamente a dinâmica dos ambientes de trabalho.
Uma das notícias apresenta a história de Karoline Assis, uma internacionalista que, em 2022, enfrentou o burnout. Seu relato destaca os desafios enfrentados ao lidar com uma condição que, até então, não estava na lista de doenças relacionadas ao trabalho. No entanto, com essa atualização, casos como o de Karoline podem ser tratados com a devida atenção, proporcionando apoio e acesso a benefícios previdenciários.
Este novo olhar sobre a saúde mental no trabalho não apenas visa a segurança do trabalhador, mas também destaca a responsabilidade das empresas/orgãos na criação de ambientes mais saudáveis. Políticas que respeitam limites, estabelecem metas razoáveis e monitoram cuidadosamente cargos com alta carga mental agora são essenciais, promovendo uma cultura de cuidado e prevenção.
A inserção de fatores psicossociais na lista é uma mudança crucial. A psiquiatra Roberta França destaca que isso não apenas amplia a abordagem para além dos elementos químicos, mas reconhece que ambientes de trabalho competitivos e estressantes também podem afetar profundamente a saúde mental.
Em um mundo onde o home office se tornou uma realidade para muitos, a médica ressalta que essa mudança também intensificou os transtornos mentais relacionados ao trabalho. Isso nos leva a uma reflexão sobre a importância de considerar a saúde mental em qualquer configuração de trabalho.
Assim que possível farei um artigo falando sobre a importância disso para nós trabalhadores e profissionais da Segurança Pública, Defesa Social e Justiça. A vida do policial importa e merece a devida atenção !
Convido você a explorar essas notícias e aprofundar seu entendimento sobre a evolução desta narrativa. Ao fazer isso, damos passos significativos para construir uma sociedade que reconhece, compreende e, o mais importante, age para promover a saúde mental de todos os trabalhadores. Leia mais sobre essas mudanças nos sites abaixo para entender como cada um de nós pode contribuir para um ambiente de trabalho mais saudável e compassivo.
Referências:
Lista Completa do Ministério da Saúde AQUI
DOENÇAS RELACIONADAS AO TRABALHO Manual de Procedimentos para os Serviços de Saúde
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"Quem cuida, merece cuidados"
Todos merecemos ficar bem, mas, muitas vezes, a ignorância nos afasta do processo