Enfrentando o Silêncio: Audiência Pública levanta que Denúncias de assédio feitas na Polícia Civil não teriam o devido encaminhamento

SAÚDE MENTALCRISE POLICIALPARA ELAS

Naiane Almeida

12/18/20233 min read

O texto destaca outro recente drama revelado durante uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (15/12/2023), denúncias impactantes de assédio moral e sexual na Polícia Civil de Minas Gerais foram expostas. Mulheres valentes, que dedicaram suas vidas ao serviço público, enfrentam uma realidade intolerável. O trágico caso da escrivã Rafaela Drumond, que encontrou no fim da própria vida uma forma de escapar, ressoa como um grito urgente. Leia mais

Temos que romper o silêncio...

Por Naiane Almeida

Jornalista, Relações Públicas, Mestre em Educação, Especialista em Políticas Públicas, Especialista em Marketing, Estudante do Pós Graduação ProLeitura da UFMG, Sócia Fundadora da Assessoria Pauta Sindical, Assessora de Comunicação e Imprensa voluntária do Projeto Cuide-se Policial.

Enfrentando o Silêncio: Audiência Pública levanta que Denúncias de assédio feitas na Polícia Civil não teriam o devido encaminhamento

A recente audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) trouxe à tona denúncias alarmantes de assédio moral e sexual no ambiente da Polícia Civil de Minas Gerais. Segundo participantes do evento, as denúncias feitas por servidoras não estariam recebendo o devido encaminhamento, evidenciando um problema profundo que persiste na instituição.

Um dos casos que destacaram a urgência desse debate foi o trágico falecimento da escrivã Rafaela Drumond, que, antes de tirar a própria vida, relatou ser vítima de assédio no trabalho. Este evento é apenas a ponta do iceberg, revelando um ambiente onde o assédio é enraizado na cultura da instituição, afetando especialmente mulheres.

A presidente da Associação dos Escrivães da Polícia Civil de Minas Gerais, Aline Risi, ressaltou que, mesmo após casos tão impactantes, parece estar se tornando uma tradição na Polícia Civil punir aqueles que têm a coragem de denunciar. Sindicâncias sucessivas, procedimentos administrativos, remoções forçadas e aposentadorias compulsórias são algumas das punições citadas, criando um ambiente de silêncio e medo.

Os relatos da delegada Larissa Bello e da perita Tatiane Leal, que relataram sofrer assédio e perseguição após denunciarem práticas inadequadas, destacam a necessidade de uma mudança significativa nas estruturas internas das instituições, com intuito de modernizar e humanizar a gestão. Além disso, a falta de punição aos agressores, como evidenciado no caso da escrivã Rafaela Drumond, levanta questões sérias sobre a responsabilidade da Polícia Civil em lidar com tais casos. Outro tema relacionado à Psicologia Organizacional e sua importância na Segurança Pública, tão citado aqui no Projeto Cuide-se Policial.

É crucial que a sociedade esteja ciente dessas questões e compreenda a importância de discutir abertamente o assédio moral e sexual. Esses casos não apenas afetam a integridade e a saúde mental das vítimas, mas também contribuem para o adoecimento geral da segurança pública. Não se muda uma cultura silenciando as pessoas ou tratando-as como se tratava o cidadão na época de regimes ditatoriais. Assédio, não punição e revitimização são temas que precisam de investimento e atenção social adequadas para seu enfrentamento, sob o risco de continuarmos a ter vidas ceifadas por esse mal.

O aumento significativo no número de denúncias após o caso da escrivã Rafaela Drumond indica que a corporação precisa urgentemente rever suas práticas e políticas internas. O silêncio não é uma opção quando se trata de combater o assédio e garantir um ambiente de trabalho saudável para todos, principalmente para as mulheres.

Na oportunidade, nosso idealizador, o Policial Civil Erick Souto Guimarães, também falou na audiência. Link do vídeo AQUI.

Leia as matérias completas abaixo para entender a gravidade e relevância da discussão profunda, técnica, empática, e adequada dessas questões:

https://www.almg.gov.br/comunicacao/noticias/arquivos/Denuncias-de-assedio-feitas-na-Policia-Civil-nao-teriam-o-devido-encaminhamento/

https://g37.com.br/minas-gerais/denuncias-de-assedio-feitas-na-policia-civil-nao-teriam-o-devido-encaminhamento/

https://www.em.com.br/gerais/2023/12/6671117-casos-de-assedio-na-policia-civil-voltam-a-ser-pauta-na-almg.html

Leia também nossos artigos sobre o tema aqui

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